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Acidificação dos oceanos

Os oceanos sempre absorveram e libertaram dióxido de carbono, permitindo a sua circulação entre a água e a atmosfera. Mas estas trocas ocorriam lentamente, ao longo de milhares de anos. A atividade humana perturbou estas trocas lentas ao emitir quantidades excessivas de CO2 para a atmosfera.

Todos os anos, os oceanos absorvem cerca de 25% do dióxido de carbono emitido excessivamente. O pH da superfície dos oceanos desceu cerca de 0,1 unidades de pH desde o início da Revolução Industrial. Isto pode não parecer muito, mas na prática significa que os oceanos estão 28% mais ácidos do que antes.

O desequilíbrio provocado pela acidificação faz-se sentir em todo o oceano: os corais são enfraquecidos, o olfato dos peixes é perturbado, organismos com conchas e esqueletos carbonatados veem a sua proteção amolecer. A forma como o som se propaga pela água também pode ser afetada, tornando os ambientes submarinos mais barulhentos.

No fim do século XVIII, o pH dos oceanos tinha equilibrado nos 8,1, com águas ligeiramente alcalinas. Em 2100, os cientistas estimam que o pH da superfície possa descer até aos 7,8, ou seja, ser 150% mais ácida do que já é atualmente, podendo a acidez ser ainda mais elevada em partes particularmente sensíveis do planeta, como o Oceano Ártico.

Adaptado a partir de: https://www.nationalgeographic.com/environment/article/critical-issues-ocean-acidification (consultado a 28 de fevereiro de 2021, às 12h00) 

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